quinta-feira, 26 de março de 2009

Será que não conseguem fazer uma em condições?

Venda de Magalhães no mercado negro

Muitos Magalhães podem já não estar na posse dos alunos, tendo sido cedidos ou vendidos no mercado negro, alertam alguns professores.«Tenho o exemplo de uma família com três irmãos, todos receberam um computador Magalhães de borla porque pertencem ao escalão social A. Duvido que eles ainda tenham algum em casa», declarou Helena Amaral, um professora de Benfica.

A docente garante que quando solicita aos alunos que levem o portátil para a escola em determinado dia, eles faltam. «Nestes casos nós percebemos que os computadores já devem ter levado algum outro destino», sublinhou.

Helena Amaral considera que a implementação do portátil começou muito mal, uma vez que nem pais nem professores tiveram qualquer formação para utilizar o Magalhães.

«Dou-lhe um exemplo: É impensável fazer uma sessão de esclarecimento caso a caso, não há tempo. Eu até podia preparar uma sessão para um grupo de pais e projectava as imagens para que os pais percebessem como se faz, mas o Magalhães nem sequer pode ser ligado a um projector», explicou à Lusa Helena Amaral.

Para o responsável pelo Ensino Básico no Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL), Manuel Grilo, o Magalhães «foi um investimento feito sem preparação, de forma muito precipitada e trapalhona por parte do Governo, como provam os sucessivos problemas com o Magalhães».


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