Certa vez, ao chegar a casa, Francisco Louçã ouviu um barulho estranho vindo do quintal.
Chegando lá, constatou haver um ladrão a tentar levar os seus coelhos de criação (aqueles 'da' Convenção...).
Aproximou-se vagarosamente do indivíduo e, surpreendendo-o ao tentar pular o muro com os seus amados colehos, gritou-lhe assim:
- Oh, bucéfalo anácroto! Não te interpelo pelo valor intrínseco dos mamíferos quadrúpedes, mas sim pelo acto vil e sorrateiro de profanares o recôndito da minha habitação, levando os meus leporídeos à sorrelfa e à socapa. Se fazes isso por necessidade, transijo; mas, se é para zombares do meu profundo ideário de cidadão digno e honrado, não irás contar com ilécebras mas antes sentirás a minha iriação do modo mais doloroso, e fá-lo-ei com tal ímpeto que te reduzirei à quinquagésima potência do que o vulgo denomina por nada.
Ao que o ladrão, confuso, pergunta:
- Doutor, eu levo ou deixo os coelhos?
Sem comentários:
Enviar um comentário