Mais uma vez, o presidente da Câmara do Funchal quer justificar o injustificável, atirando poeira para o ar de modo a tapar o nitidamente visível ou na esperança que ela caia sobre os olhos dos incautos, para que estes não possam julgar por si a verdade dos factos.
No último trimestre do ano passado, a Câmara funchalense, numa atitude elogiada na altura, propôs um acordo a todos os partidos com assento na Assembleia Legislativa da Madeira, de modo a libertar zonas nobres da cidade de TODA a propaganda (institucional, partidária ou de outro tipo) que proliferava um pouco desordenadamente nessas zonas.
Ao contrário de outras autarquias da Região, que abusiva e anticonstitucionalmente retiram a propaganda partidária colocada pelos partidos que não o do poder – e pelo qual já têm acções em tribunal a que terão de responder –, parecia que, no Funchal, a Câmara pretendia mostrar alguma abertura e chegar a um entendimento que satisfizesse todos.
Chegou-se a um acordo unânime verbal que mais tarde foi passado a escrito.
Qual não foi o nosso espanto quando se verificou que o que estava no papel não era igual ao que tinha sido discutido.
Propusemos alterações como condição de assinar o acordo – que alguns partidos subscreveram de ‘olhos fechados’ –, sendo que o ponto mais discordante era a limitação de colocação de propaganda apenas à partidária, quando o combinado tinha sido para TODA a propaganda, fora dos locais próprios para a sua afixação (‘mupis’, ‘outdoors’, etc).
Embora isto nunca tivesse sido rectificado, o Bloco de Esquerda assumiu o seu compromisso verbal e retirou a sua propaganda dos locais combinados, como facilmente os funchalenses puderam comprovar nos meses seguintes.
Eis senão quando, de um dia para o outro, aparecem uns ‘mamarrachos’ em locais nobres da cidade, de medidas desmesuradas e para fins desconhecidos, vivamente criticados, não apenas por nós mas também por outras vozes críticas desta atitude e deste modo de dar facadas nas costas das pessoas e organizações com boas intenções.
Vem agora Miguel Albuquerque lamuriar-se pela “poluição visual que constitui a afixação indiscriminada de cartazes de propaganda política fora do período eleitoral” (JN de 3 de Março) e acusar o Bloco de Esquerda de nunca ter tido intenção de cumprir o acordado.
Falso, senhor presidente, e o senhor sabe que é!
A desculpa de que os painéis electrónicos são para passar 60% de publicidade institucional não pega. E que tal fosse verdade, os outros 40% são para quê? Para dar publicidade ao Chão da Lagoa? Para mostrar as inaugurações da Câmara do Funchal e/ou do Governo Regional?
É que, até agora, ainda não vimos nada excepto uns concertos, sem som, uns desfiles, mudos, umas passagens de carros de rali, silenciosas, e a sua imagem e do presidente do Governo Regional a fazer não se sabe bem o quê.
Além disso, ainda foi obrigado a reconhecer, na última reunião da Assembleia Municipal, que a Câmara do Funchal não recebia qualquer contrapartida financeira pela colocação em espaços públicos daquela, essa sim, poluição visual. E esta, hem? E ainda lhe chama “transparente concurso público” (idem, ibidem).
Já antes, do alto da sua arrogância, tinha vindo dizer que se os funchalenses não queriam os ‘mamarrachos’ que não votassem nele nas próximas eleições autárquicas; tenha cuidado com o que deseja. Pode ser que lhe façam a vontade!
No último trimestre do ano passado, a Câmara funchalense, numa atitude elogiada na altura, propôs um acordo a todos os partidos com assento na Assembleia Legislativa da Madeira, de modo a libertar zonas nobres da cidade de TODA a propaganda (institucional, partidária ou de outro tipo) que proliferava um pouco desordenadamente nessas zonas.
Ao contrário de outras autarquias da Região, que abusiva e anticonstitucionalmente retiram a propaganda partidária colocada pelos partidos que não o do poder – e pelo qual já têm acções em tribunal a que terão de responder –, parecia que, no Funchal, a Câmara pretendia mostrar alguma abertura e chegar a um entendimento que satisfizesse todos.
Chegou-se a um acordo unânime verbal que mais tarde foi passado a escrito.
Qual não foi o nosso espanto quando se verificou que o que estava no papel não era igual ao que tinha sido discutido.
Propusemos alterações como condição de assinar o acordo – que alguns partidos subscreveram de ‘olhos fechados’ –, sendo que o ponto mais discordante era a limitação de colocação de propaganda apenas à partidária, quando o combinado tinha sido para TODA a propaganda, fora dos locais próprios para a sua afixação (‘mupis’, ‘outdoors’, etc).
Embora isto nunca tivesse sido rectificado, o Bloco de Esquerda assumiu o seu compromisso verbal e retirou a sua propaganda dos locais combinados, como facilmente os funchalenses puderam comprovar nos meses seguintes.
Eis senão quando, de um dia para o outro, aparecem uns ‘mamarrachos’ em locais nobres da cidade, de medidas desmesuradas e para fins desconhecidos, vivamente criticados, não apenas por nós mas também por outras vozes críticas desta atitude e deste modo de dar facadas nas costas das pessoas e organizações com boas intenções.
Vem agora Miguel Albuquerque lamuriar-se pela “poluição visual que constitui a afixação indiscriminada de cartazes de propaganda política fora do período eleitoral” (JN de 3 de Março) e acusar o Bloco de Esquerda de nunca ter tido intenção de cumprir o acordado.
Falso, senhor presidente, e o senhor sabe que é!
A desculpa de que os painéis electrónicos são para passar 60% de publicidade institucional não pega. E que tal fosse verdade, os outros 40% são para quê? Para dar publicidade ao Chão da Lagoa? Para mostrar as inaugurações da Câmara do Funchal e/ou do Governo Regional?
É que, até agora, ainda não vimos nada excepto uns concertos, sem som, uns desfiles, mudos, umas passagens de carros de rali, silenciosas, e a sua imagem e do presidente do Governo Regional a fazer não se sabe bem o quê.
Além disso, ainda foi obrigado a reconhecer, na última reunião da Assembleia Municipal, que a Câmara do Funchal não recebia qualquer contrapartida financeira pela colocação em espaços públicos daquela, essa sim, poluição visual. E esta, hem? E ainda lhe chama “transparente concurso público” (idem, ibidem).
Já antes, do alto da sua arrogância, tinha vindo dizer que se os funchalenses não queriam os ‘mamarrachos’ que não votassem nele nas próximas eleições autárquicas; tenha cuidado com o que deseja. Pode ser que lhe façam a vontade!
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