segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Contra os verdadeiros abutres

Perante a catástrofe, os mesquinhos revelam-se, os tacanhos pressentem-se, os alarves descobrem-se.
Perante a tragédia, muitos seguidores do regime jardinista perceberam finalmente (ou não tiveram outro remédio) que a verdade nua e crua era aquela que vinha a ser denunciada há anos e não a que a propaganda governamental vinha apregoando, e em que ainda insiste, para que se continue a não perceber que os seus pés são de barro e que será também esta água - que levou vidas e bens e sonhos e muitos futuros - a mostrar a verdade.
Porém, outros há, com obscuros interesses - ou nem tanto - que continuam a insultar, a ofender e a defender com unhas e dentes tudo aquilo que até muitos do sistema acham já indefensável.
Que motivações os movem? Que objectivos perseguem? Eles próprios o dirão, mais tarde ou mais cedo.
Para já, vomitam ódio e espalham a perfídia, armando-se em paladinos de um povo de que nada conhecem, em amantes de uma região que só lhes enche o coração porque lhes serve de escadote e em cavaleiros andantes sem cavalo nem armadura contra moinhos de vento que só eles reconhecem como inimigos (sem descurarem a presença dos seus Sanchos… Pança).
Como sabem, se não ficam a saber, estou há mais de vinte anos na Madeira. Tenho, por isso, muito mais tempo desta Região Autónoma que muitos energúmenos que, embora frequentando o chamado ensino superior, de ensino, de educação e de superior têm muito pouco… Adiante…
Durante estas duas décadas de vivência na RAM, assisti a um desenvolvimento extraordinário de uma terra durante muitos séculos abandonada pelos seus mais directos responsáveis e que se (re)fez à custa de muito suor, de muito esforço, de muita vontade. A Madeira é o que é hoje por razão própria, por força dos seus dirigentes e valor das suas gentes.
Mas, ao mesmo tempo, vi a pobreza a aumentar, as dificuldades a serem dia-a-dia cada vez maiores, a exclusão social a passar de raros casos a uma evidência real, enquanto os ‘patos bravos do regime’ - e todos sabem de quem é que eu estou a falar - enriqueciam e enriquecem cada vez mais e por meios cada vez mais estranhos e de legalidade duvidosa.
Já o disse várias vezes e continuo a afirmá-lo: com o dinheiro que a Madeira recebeu durante todos estes anos, da União Europeia e da República, qualquer um teria feito o mesmo e melhor pela Região que Alberto João Jardim!
É isto que os sequazes do ‘laranjal’ sabem, e que sabem que eu sei que eles sabem, mas que ficam desesperados quando tal é manifestado publicamente, pois isso só revela que são falsos e que só bolinam à procura de bom - para eles - porto e que lhes satisfaça as ambições, a mor das vezes ilegítimas.
Muito mais haveria para dizer. Não vos - leitores - quero cansar mais com este quase desabafo, que não deixa de ser a inscrição perene daquilo que me vai na alma, perante os analfabetos que se arvoram em detentores da verdade pura e total.
Continuarem(emos) a denunciar as asneiras que se fazem na Madeira e os favores que o regime cede aos que comem da mesa do poder. Contra todas as ‘verdades’ que se pretendem instituir como lei, contra todos os ‘iluminados’ que se considerem detentores dessas ‘verdades’.
Assim os dedos mo permitam…



A minha mágoa perante a desgraça que se abateu sobre a MINHA região e as minhas condolências para todos os que perderam alguém, juntamente com a solidariedade devida aos que ficaram mais pobres.

Sem comentários:

Enviar um comentário