quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Um dos maiores de sempre!

O sismo de magnitude 7,3 na escala de Richter que abalou terça-feira o Haiti e a República Dominicana foi um dos mais fortes já registados nos dois países das Caraíbas, segundo especialistas locais.

O director do Instituto Sismológico Universitário da República Dominicana, Eugenio Polanco, disse que o sismo e as réplicas - pelo menos três - sentidas terça-feira nas Caraíbas devem ser classificadas como "grandes" abalos.

"Desde o terramoto de 04 de Agosto de 1946, que foi de 8,1 graus, que não se registava um fenómeno tão forte como este, pelo menos na República Dominicana", disse.

O sismólogo recordou ainda que o movimento das placas tectónicas em 1946 causou um tsunami na costa do Atlântico que afectou a cidade de Nagua, no noroeste da República Dominicana.

Outro forte abalo registado naquele país das Caraíbas ocorreu a 22 de Setembro de 2003, quando a terra tremeu a uma escala de 6,5 graus, causando a destruição de um centro educativo e graves danos noutros edifícios da cidade de Puerto Plata, no norte.

"Dessa vez não ocorreu uma catástrofe à escala da de hoje (terça-feira) porque foi de noite e não tínhamos alunos", explicou Polanco ao recomendar aos dominicanos que mantenham a calma e não se exaltem com base em rumores.

O epicentro do sismo registou-se às 21:53 (hora de Lisboa) e teve o seu epicentro 15 quilómetros a oeste de Port-au-Prince e a cerca de dez quilómetros de profundidade, tendo já sido sentidas três réplicas de menor intensidade, de 5,9, 5,5 e 5,1 graus, segundo o Instituto Geológico dos Estados Unidos.

O sismo que abalou a ilha La Española, onde se situam o Haiti e a República Dominicana, que ocupa os dois terços orientais da ilha, fez ruir vários edifícios públicos, incluindo o Palácio Nacional, que acolhe a presidência do Haiti, e foi sentido também em Cuba, na Jamaica e Bahamas.

Foi emitido e posteriormente anulado um alerta pelo centro norte-americano de maremotos no Pacífico que abrange grande parte das Antilhas e que se aplicou "aos países no seio ou fronteiriços do Mar das Caraíbas, à excepção de Porto Rico e das Ilhas Virgens".



Demorará vários dias a perceber a dimensão da catástrofe.

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