terça-feira, 7 de abril de 2009

Digam que está tudo bem...

Satélites da NASA revelam redução do gelo Árctico
por Lusa
Hoje

As últimas imagens dos satélites revelam que os gelos marinhos e a plataforma gélida do Árctico continuam a reduzir-se em consequência do aumento global das temperaturas, informou segunda-feira a NASA.

O gelo espesso e antigo começou a diminuir e é substituído por gelo novo e fino que é muito mais vulnerável, indicou a agência espacial norte-americana.

O anúncio da redução da massa de gelo árctico foi divulgado três dias depois de o Instituto Geológico dos Estados Unidos (USGS) ter informado que, nos antípodas, as alterações climáticas estão a derreter os glaciares antárcticos muito mais depressa do que se acreditava até agora.

Um comunicado da NASA indicou que o gelo árctico é especialmente importante porque arrefece as massas de ar e água, influi na circulação oceânica e reflecte a radiação solar.

Até há uns anos pensava-se que o gelo marinho no Árctico podia sobreviver pelo menos a um verão setentrional.

Todavia, a situação mudou de forma drástica, segundo Charles Fowler, director de uma equipa de cientistas da Universidade do Colorado.

As massas de gelo que sobrevivem aos verões são agora apenas 10 por cento do total. Até 1990 eram de 30 a 40 por cento, indicou.

Por outro lado, até ao passado 28 de Fevereiro a massa de gelo marinho do Árctico cobria uma superfície de 15,1 milhões de quilómetros quadrados, menos 720.000 do que a média existente entre 1979 e 2000, de acordo com cientistas do Centro Nacional de Dados sobre a Neve e o Gelo.

Segundo Ron Kwok, cientista do Laboratório de Propulsão a Jacto (JPL), os cálculos sobre o volume e a espessura actual dos gelos foram calculados a partir de dados proporcionados por dois satélites.

Na sexta-feira, o USGS revelou que, no caso dos glaciares antárcticos, pelo menos uma das enormes plataformas de gelo desapareceu totalmente e outra perdeu três bocados com uma superfície de 8.500 quilómetros quadrados, de acordo com um estudo realizado com o Instituto Antárctico Britânico.

Este facto ficou também constatado pelas últimas imagens de satélite, fotografias aéreas e outros dados, assinalou o Instituto Geológico num comunicado.

Sessenta países e organizações internacionais debatiam segunda-feira em Washington o impacto das alterações climáticas nos pólos e as suas consequências económicas.



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