quarta-feira, 24 de junho de 2009

Neda Agha-Soltan



«Alarmado com a rapidez com que as imagens foram difundidas, o Governo iraniano apressou-se a minimizar os estragos. O noivo contou à BBC que o corpo de Neda "foi levado para uma morgue fora de Teerão" e só o entregaram à família sob a condição de o funeral ser rápido e discreto.
Neda foi sepultada no cemitério de Behesht Zahra, nos arredores da capital, num talhão que, garante Makan, foi reservado para os mortos dos confrontos da última semana. Segundo o LA Times não foram autorizados cânticos nem discursos.
No dia seguinte, um serviço em sua memória na mesquita do bairro onde morava foi proibido e os locais de culto da cidade receberam instruções para não aceitarem cerimónias com o seu nome. A família foi também obrigada a retirar os panos pretos que pendurara na fachada da sua casa, em sinal de luto.
Num país onde o luto tem os seus rituais definidos - é assinalado ao terceiro, sétimo e 40º dia após a morte -, as autoridades querem negar quaisquer pretextos para novas manifestações. Mas se a repressão policial pode dissuadir as pessoas de protestarem nas ruas, a juventude iraniana mantém viva a revolta na Internet e promete não esquecer Neda. Os blogues e o Twitter são as suas armas.»
in Público

Sem comentários:

Enviar um comentário