sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Histórias da carochinha...

Como a história do BPP, com o intuito de 'queimar' Manuel Alegre, não pegou, voltaram alguns ignorantes (para não lhes chamar... outra coisa) a lançar o anátema da guerra colonial e da (não) participação do candidato exilado em Argel... e acusando-o de influência na morte de MILHARES de soldados portugueses.

Para além de ser uma atoarda da qual não existem provas, a não ser considerações de alguns fascistas que deveriam estar agradecidos ao 25 de Abril de 1974, mas que continuam a destilar raiva e ódio, é preciso lembrar que foi a PIDE/DGS a lançar esta calúnia para desacreditar um homem que esteve nos palcos de combate em África e que teve de se exilar em Argel para não ser preso pela polícia política potuguesa...

E é de tal modo uma atoarda e uma idiotice dizer que poderia ter sido culpado da morte de MILHARES de soldados portugueses visto que:

"Segundo elementos colhidos na "Resenha Histórico-Militar das Campanhas de Àfrica 1961-1973", durante os 13 anos de guerra colonial registou-se um total de 8.290 mortos nas três frentes de combate: Angola 3.250, Moçambique 2.962 e Guiné 2.070.

Deve-se ter em referência o número de mortos na Guiné se compararmos as dimensões territoriais das três frentes de combate ( Angola com uma área de 1.246.700km2, Moçambique com 799.380km2 e Guiné com 36.125km2) e ainda o número de efectivos em cada frente (em 31 de Dezembro de 1973 os efectivos militares nas três frentes de guerra, totalizavam cerca de 148 mil homens, Angola 65.000, Moçambique 51.000 e Guiné 32.000). A Guiné foi chamada de " Vietname Português"

A grande maioria dos que morreram caiu em combate, e aqui o número mais elevado registou-se em Moçambique 1.481; seguem-se Angola 1.306 e Guiné 1.240."

Reparem, em 13 anos, morreram, EM COMBATE, 4.027 homens, pouco mais de 309 por ano. Pois bem, Manuel Alegre é acusado de ter contribuído para a morte de MILHARES...

Para além de se perceber perfeitamente que é uma falsidade, percebe-se também que andam para aí muitos a emprenhar pelos ouvidos e limitam-se a repetir enormidades sem sequer pensarem um bocadinho.



Mas isso, para alguns, nós já sabemos que é um exercício difícil...

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