Estava para aqui a pensar… (não é coisa que eu faça muito, mas às vezes descaio-me)…
Há alguns milhares de anos, alguns representantes daquilo que viria a ser o homem moderno (o tal sapiens sapiens) descobriram a maneira de dominar a maior parte dos seus “iguais”: inventaram a religião!
Aquilo que começou por uma adoração “simples” de pedras e árvores e trovões e relâmpagos, com a evolução da mente humana, rapidamente se modificou, e, com o advento da palavra e da escrita, tornou-se em algo mais sofisticado, transformando-se naquilo em que se tornou actualmente: a conspiração global de uns quantos que, a coberto de uma coisa que determinaram chamar fé, tentam dominar todos os outros, que lhes vão na cantiga e que preferem refugiar-se sob a capa de um ser dito superior do que assumir as suas próprias responsabilidades sociais, comunitárias e outras…
Se (e reparem no pormenor do “se”), há 2010 anos, o tal deus, seja ele qual for e em que tempo (consoante as religiões) se determinar, decidiu revelar o seu filho e espalhar a sua palavra, pecou (aqui, no sentido lato) no espaço temporal, e demorou tempo de mais para “se” revelar…
Tudo aquilo que veio depois só se pode considerar ficção científica. Dêem as voltas que derem, qualquer um, despido de “formatações” - familiares, civilizacionais, grupais, etc, etc… - tem o dever e o direito de questionar esta forma de condicionar mentalidades e de exercer domínio sobre os mais fracos dos mais fracos, pois estes não tiveram (nem têm) condição intelectual (sim, podem atacar-me por esta expressão) para pôr em questão aquilo que lhes impingiam.
Aos outros, àqueles que do alto dos seus poderes duvidosamente adquiridos se determinavam como os condutores das classes, só lhes restava assumir uma crença assumida e determinada, para manterem o seu grau de superioridade e a sua prevalência sobre os anteriores, não se esquecendo de promover a denegação e o heretismo de “uns” quantos que se colocavam à margem, e que combatiam, (d)esta conjura de Homens contra outros Homens.
Assim, chegámos a esta era, em que muitas coisas são postas em causa, sendo que a menor das delas, certamente, é a existência de “uma” religião. Deixo aqui de fora o budismo, que mais que uma religião é um estado de espírito, uma filosofia…
Continuam alguns seres humanos a tentar encontrar formas de dominar outros seres humanos, potencialmente seus iguais, das mais variadas formas - em que a religiosa não é a mais inocente -, recorrendo a todo o tipo de meios (alguns até criminosos), para atingirem os seus fins.
Podemos acabar com isto? Podemos! Mas para isso é necessário uma vontade efectiva de todos os governos na formação de cidadãos mais conscientes e informados.
Aí, certamente as coisas mudarão, não só neste aspecto como em muitos outros, não só em Portugal como em todo o Mundo!
Quem quiser que escolha uma, mas pense bem primeiro...
Um discurso insultuoso e vergonhoso
-
*Por*
*Henrique Sampaio*
*Alegadamente para assinalar o Dia Mundial dos Pobres, a Cáritas Diocesana
do Funchal e o Secretariado Diocesano da Pastoral Soci...
Há 1 dia
Sem comentários:
Enviar um comentário