sexta-feira, 23 de abril de 2010

Estamos 'carecas' de saber...

... que na 'net' existe de tudo: atrasados mentais, debilitados psiquicamente; analfabetos funcionais; plagiadores profissionais; políticos de pacotilha; seres humanos duvidosos; existencialistas desesperados; etc, etc...

Não esperava era encontrar direitinhos sinistros, que mais nada têm para fazer do que mandar umas bicadas para ver se lhes mandam o milho de que tanto necessitam.

Aquilo que o 'marido' da Eva pensa, é o que ele pensa. Aquilo que os consumidores de produtos transgénicos acham que pensam (e que por isso estão como estão), é com eles.

O que consomem a mim não me consome. Podem 'snifar', injectar, fumar, estou-me marimbando, desde que não me chateiem...

Mas há gente a quem a sua vidinha (a sua ridícula vidinha) não lhes chega, por isso nem sequer dormem a pensar como hão-de 'picar' quem está sosssegado. Não que tenham nível ou vocabulário para tal, são como os mosquitos que espalmamos com um rápido bater de palmas...

A esses, dedico este fantástico, erótico e sensual poema de Drummond de Andrade.

'Satânico é meu pensamento a teu respeito, e ardente é o meu desejo
de apertar-te em minha mão, numa sede de vingança incontestável pelo que me fizeste ontem.
A noite era quente e calma e eu estava em minha cama, quando,
sorrateiramente, te aproximaste. Encostaste o teu corpo sem roupa no
meu corpo nu, sem o mínimo pudor! Percebendo minha aparente indiferença, aconchegaste-te a mim e mordeste-me sem escrúpulos. Até nos mais íntimos lugares. Eu adormeci.
Hoje quando acordei, procurei-te numa ânsia ardente, mas em vão. Deixaste em meu corpo e no lençol provas irrefutáveis do que entre nós ocorreu durante a noite.
Esta noite recolho-me mais cedo, para na mesma cama te esperar.
Quando chegares, quero-te agarrar com avidez e força.
Quero-te apertar com todas as forças de minhas mãos. Só descansarei quando vir sair o sangue quente do teu corpo.
Só assim, livrar-me-ei de ti, mosquito Filho da Puta!'




Podem tirar a palavra 'mosquito' da última frase...

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